O fenômeno referente à infestação de gafanhotos-do-deserto vem causando forte impacto na economia da África Oriental, Oriente Médio e Sul da Ásia. Iniciadas em dezembro do ano passado, estima-se que as recorrentes invasões contenham cerca de oitenta milhões de gafanhotos por quilômetro quadrado e consumam diariamente a mesma quantidade de alimentos de 35 mil pessoas.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) classificou a situação como extremamente alarmante. Países como Quênia, Somália, Etiópia, Índia, Paquistão estão sendo os mais afetados até o momento e assistem a uma devastação de seus pastos e plantações. Os enxames de gafanhotos podem ser consequência das mudanças climáticas e estão causando escassez alimentar e fome por onde passam.

A China teme a possibilidade de ser o próximo país atingido pelos insetos e criou um plano de contingência para monitorar e controlar a propagação de gafanhotos no país com a finalidade de manter a produção de grãos e a segurança ecológica. Publicado em 9 de março deste ano, o plano do governo chinês pretende garantir que os gafanhotos-do-deserto causem danos abaixo dos 5% das plantações. O plano estabeleceu postos de monitoramento das rotas de migração dos insetos no Tibet, Yunnan e Xinjiang e aposta em métodos de controle químico, biológico e ecológico a depender da área afetada.

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