O Dia Internacional da Mulher não é uma data de comemoração, é uma data de reflexão, de protesto e de luta. E especialmente neste domingo, 8 de março de 2020, as brasileiras têm muitos motivos para ir às ruas.

Ao contrário do que se viu nos governos petistas, o Governo Bolsonaro impõe um retrocesso atrás do outro para as mulheres. Se há dez anos as mulheres marchavam por direitos iguais, hoje marcham por suas vidas. Este ano o mote da marcha unificada será: “Mulheres contra Bolsonaro, por nossas vidas, democracia e direitos”. Os atos também serão marcados pelas homenagens a Marielle Franco (PSOL), assassinada em março de 2018.

Em 2003, início do governo Lula e de uma série de avanços para as mulheres, as manifestações eram por “Liberdade para as mulheres e para os povos! Não à guerra imperialista e à Alca. Não ao machismo e racismo”, como registra a fotografia de César Ogata, preservada pelo Centro Sérgio Buarque de Holanda. Neste ano, as brasileiras passaram a ser tratadas como prioridade. Os movimentos de mulheres, espalhados por todo o país, encontraram no governo federal um aliado. A luta feminista — pelos direitos das mulheres e pela equidade de gênero — foi compreendida como questão de Estado.

Em 1985, ano da redemocratização, as mulheres lutavam por igualdade de gênero. O Centro Sérgio Buarque de Holanda também guarda registros históricos, da fotógrafa Vera Jursys, deste 8 de março em São Paulo. Em uma das imagens pode se ver um cartaz com as profissões geralmente ocupadas por homens e a pergunta: “até quando?”.

Nem esta pergunta e nem tantas outras foram respondidas ou tiveram soluções. Deixemos para celebrar o dia em que nenhuma mulher for assassinada apenas por ser mulher, que as mulheres conquistem os mesmos direitos e empregos dos homens e quando forem realmente livres.

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