Diante do aumento do desmatamento na Amazônia e do desgaste internacional pela desestruturação da política ambiental nacional, Bolsonaro deu mais um tiro no pé ao recriar o Conselho Nacional da Amazônia, que já existia desde 1995, apenas com representantes do governo federal. Assinado em 13 de fevereiro deste ano, o decreto recria o Conselho sem incluir a sociedade civil e os governadores da região em sua composição.

Segundo o decreto, o Conselho da Amazônia deverá organizar ações entre ministérios para a proteção, defesa e desenvolvimento sustentável da região da floresta. Ele será composto por representações de catorze ministérios e coordenado pelo vice-presidente Hamilton Mourão. Além da sociedade civil, o governo deixou de fora os governadores das unidades federativas do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão.

A ausência de outros entes da federação e da sociedade indica centralização das decisões sobre o tema de forma autoritária pelo governo. Dessa vez, Bolsonaro não poderá usar como desculpa a soberania nacional por não querer dialogar sobre a questão ambiental.

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