Os petroleiros completam uma semana em greve nesta sexta-feira, 7 de fevereiro, com adesão da categoria em todo o país. Até o momento, são setenta unidades do Sistema Petrobras mobilizadas em treze estados. Os trabalhadores lutam pela suspensão das demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR) e pelo cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Em cumprimento à liminar que o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra, proferiu no último dia 4, os sindicatos não estão realizando piquetes nas unidades. A participação dos trabalhadores na greve é espontânea e se dá pela indignação da categoria com as demissões na Fafen-PR e as medidas unilaterais tomadas pela gestão da Petrobrás, em descumprimento ao ACT. Por isso, a cada dia, crescem as adesões ao movimento.

Desde o início, a FUP e seus sindicatos têm cumprido todos os procedimentos legais em relação à greve, tanto no que diz respeito à busca de interlocução com a Petrobrás, quanto no atendimento das necessidades essenciais da população.

Em atendimento à determinação do ministro do TST, as entidades sindicais enviaram na quarta-feira, 5, ofícios à Petrobras solicitando informações sobre quantidade de produto necessária para o atendimento da necessidade inadiável da população, bem como número de trabalhadores para o cumprimento das cotas de produção. A FUP e seus sindicatos também questionaram a empresa sobre quantos trabalhadores são necessários para completar o efetivo de 90% determinado pelo ministro do TST.

A gestão da Petrobrás, no entanto, até hoje não forneceu essas informações e continua se negando a negociar com a Comissão Permanente da FUP, que está há oito dias dentro do edifício sede da empresa, cobrando a abertura de um canal de diálogo para buscar o atendimento das reivindicações dos trabalhadores em greve.

Quem está descumprindo a liminar do ministro Ives Gandra, portanto, é a gestão da Petrobras.

Quadro nacional da greve dos petroleiros nesta sexta – 7 de fevereiro

27 plataformas
11 refinarias
13 terminais
7 campos terrestres
4 termelétricas
2 UTGC (processamento de gás)
1 usina de biocombustível
1 fábrica de fertilizantes
1 fábrica de lubrificantes
1 fábrica de xisto
2 bases administrativas

Amazonas
Terminal de Coari (TACoari)
Refinaria de Manaus (Reman)

Ceará
Plataformas – 4
Terminal de Mucuripe
Temelétrica TermoCeará
Fábrica de Lubrificantes do Nordeste (Lubnor)

Pernambuco
Refinaria Abreu e Lima (Rnest)
Terminal Aquaviário de Suape

Bahia
UO-BA – 07 ativos terrestres
Refinaria Landulpho Alves (Rlam)
Terminal Madre de Deus
Usina de Biocombustíveis de Candeias (PBIO)

Espírito Santo
Unidade de tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC)
Sede administrativa da Base 61, polo de produção terrestre em São Mateus

Minas Gerais
Termelétrica de Ibirité (UTE-Ibirité)
Refinaria Gabriel Passos (Regap)

Rio de Janeiro
Bacia de Campos – 23 plataformas
Terminal de Cabiúnas, em Macaé (UTGCAB)
Terminal de Campos Elíseos (Tecam)
Termelétrica Governador Leonel Brizola (UTE-GLB)
Refinaria Duque de Caxias (Reduc)

São Paulo
Terminal de Guararema
Terminal de Barueri
Refinaria de Paulínia (Replan)
Refinaria de Capuava, em Mauá (Recap)
Refinaria Henrique Lages, em São José dos Campos (Revap)
Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão (RPBC)

Mato Grosso do Sul
Termelétrica de Três Lagoas

Paraná
Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar)
Fábrica de Xisto (SIX)
Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FafenPR/Ansa)
Terminal de Paranaguá (Tepar)

Santa Catarina
Terminal de Biguaçu (TEGUAÇU)
Terminal Terrestre de Itajaí (TEJAÍ)
Terminal de Guaramirim (Temirim)
Terminal de São Francisco do Sul (Tefran)
Base administrativa de Joinville (Ediville)

Rio Grande do Sul
Refinaria Alberto Pasqualini (Refap)

Rio Grande do Norte
Polo de Guamaré e Base 34- mobilizações parciais

`