Desde o último dia 23 voltaram a surgir manchas de óleo no litoral nordestino. Curiosamente, os locais atingidos foram os mesmos onde as manchas de óleo começaram a surgir em agosto de 2019, as praias de Pontal, Bela, Pitimbu, Tabatinga, Coqueirinho e Tambaba, em Sergipe.

No entanto, assim como ocorreu no litoral do Sudeste, o material agora se apresenta no formato de pequenos fragmentos espalhados pelas praias, o que, se por um lado é menos preocupante devido ao menor volume, por outro tais fragmentos são mais difíceis de serem identificados, sendo muitas vezes encobertos ou enterrados pela areia da praia.

Outro agravante é que, mesmo após cinco meses do início desta tragédia o governo brasileiro ainda não identificou as causas da mesma, e naturalmente não sabe o porquê deste ressurgimento. O que se especula a este respeito é que esses fragmentos sejam fruto de descolamento de placas maiores que ainda estão no leito oceânico, ou atrelados a rochas e recifes marinhos, ou ainda à continuidade de vazamento de origem desconhecida.

O que se sabe ao certo, segundo o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), é que dos mais de mil pontos dos litorais nordestino e do sudeste atingidos, cerca de 434 ainda seguem com tais fragmentos esparsamente visíveis, aguardando por uma limpeza completa.

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