De 21 a 24 de janeiro será realizada a 50ª edição do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. O evento anual, que tradicionalmente visa o interesse dos grandes países capitalistas e o aumento da acumulação de capital pela redução dos direitos da classe trabalhadora, contará com a presença de mais de cinquenta chefes de Estado de todo o mundo.

De forma geral, o Fórum discutirá a conjuntura econômica mundial por meio do habitual viés neoliberal, mas, nessa edição, terá como prioridade também a questão ambiental. Após a exploração incondicional dos recursos naturais para aumentar seus lucros, as representações da elite capitalista pretendem debater os impactos das mudanças climáticas. Nos quatro dias, o evento contará com 51 sessões sobre meio ambiente, enquanto o tema economia terá 27 seções dedicadas.

No dia 22 de janeiro, haverá uma mesa específica para debater “o futuro sustentável da Amazônia”, na qual o governo brasileiro deve sofrer críticas pela desestruturação da política ambiental ocorrida no primeiro ano da gestão de Bolsonaro, marcada pelo avanço do desmatamento, das queimadas e pela extinção do Fundo Amazônia para preservação da floresta.

Embora o encontro seja relevante para o cenário econômico mundial, o presidente Jair Bolsonaro cancelou sua participação. Em seu lugar, enviará Paulo Guedes, ministro da Economia, e Luiz Henrique Mandetta, ministro da saúde. O governo brasileiro não pretende enviar nenhum representante do Ministério do Meio Ambiente, apesar da crise mundial provocada pela expansão da quantidade de queimadas na Amazônia em 2019.

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