A pobreza vem crescendo na América Latina desde 2015, impulsionada pelo Brasil e pela Venezuela. É o que mostra o Panorama Social da América Latina 2019, da Cepal.

Segundo o relatório, a pobreza na região aumentou entre 2015 e 2018 (ver gráfico), explicada principalmente pelo aumento no Brasil e na Venezuela, já que no resto dos países a tendência foi de redução da pobreza, embora em um ritmo mais lento que entre 2008 e 2014. De 2017 a 2018 há, segundo o relatório, um leve aumento do percentual de pessoas pobres puxado pela Argentina. Para 2019, a Cepal projeta um aumento da pobreza e da pobreza extrema na região, com 27 milhões de pessoas a mais na pobreza que em 2014.

Créditos: Cepal/Arte FPA

Enquanto isso, o governo brasileiro segue governando para os mais ricos, de olhos fechados para o drama da população mais vulnerável à pobreza no país, em especial as crianças e adolescentes, mulheres, indígenas, negros, habitantes da zona rural entre outros. Desapareceu da agenda e do discurso público a necessidade de redução da pobreza no Brasil. Até mesmo as ampliações que o governo afirma dia sim dia não querer fazer no Bolsa Família, que atingiria esta população, tem esbarrado em limites orçamentários, limites estes que o governo de Guedes-Bolsonaro quer restringir ainda mais.

 

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