Partidos de oposição no Chile divulgaram nota oficial em que exigem que uma nova Constituição seja elaborada por representantes eleitos exclusivamente para este fim, tendo como base as propostas que já vêm sendo debatidas pelas assembleias populares que acontecem em diferentes cidades do país.

Dessa forma, os partidos rejeitam a proposta, feita pelo presidente Sebastián Piñera, de entregar a elaboração de uma nova Constituição para o Congresso que já existe.

Na nota, a oposição diz que o texto de uma nova Constituição, desde que elaborado por uma Assembleia Constituinte Exclusiva a partir de reivindicações populares, deve depois ser aprovado por um “plebiscito vinculante”.

Assim, seguem as manifestações nas ruas do Chile, iniciadas em 18 de outubro. Se no início havia ainda dúvidas se a direita poderia apropriar-se das mobilizações, após quase quatro semanas de rebelião popular contra a desigualdade social e a concentração de renda, as forças progressistas, neste momento, conseguem conduzir o rumo da insatisfação.

Além da exigência de uma nova Constituinte Exclusiva, os partidos de oposição pedem na nota oficial que seja adotada “com urgência uma agenda que combata os abusos e as desigualdades para aliviar a situação em que vivem milhares de famílias”.

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