O Boletim de Análise da Conjuntura da Fundação Perseu Abramo traz em sua edição de outubro um panorama dos acontecimentos na América Latina que fizeram soar o alerta para as consequências do neoliberalismo e suas repercussões no Brasil. Em Internacional são abordados os protestos no Chile, a reeleição de Evo Morales na Bolívia, as eleições parlamentares no Canadá, a perda de espaço do uribismo nas eleições regionais colombianas, a eleição de Alberto e Christina Kirchner em primeiro turno na Argentina e o processo eleitoral uruguaio, que terá segundo turno.

O projeto de privatização do governo Bolsonaro, que na batalha pelas vendas das empresas incluiu mais de quatrocentas coligadas ou sem influência da União entre as estatais, é o tema da seção Estado.

A seção Judiciário mostra que basta uma análise rápida de frases dos ministros do Supremo Tribunal Federal para perceber que a politização das decisões naquela Corte é um fato. O problema é partidarizarem a Justiça. E a decisão em andamento sobre a execução provisória de pena após condenação em segunda instância é um nítido sinal desse processo.

Em Política e Opinião Pública os temas são as disputas dentro do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e a aprovação da reforma da Previdência no Senado, incluindo os dados de votação por partido e por senador ou senadora. Por fim, um panorama sobre os possíveis projetos políticos e econômicos que devem pautar o Congresso Nacional no próximo período.

Dados relativos ao mercado de trabalho brasileiro que apontam que a tônica da “recuperação” tem sido de vínculos informais e acompanhada por um aumento da desigualdade são mostrados na seção Social.

Na parte de Economia, nada de novo no pulso brasileiro. Os indicadores do nível de atividade dos diferentes setores permanecem flutuando em torno da primeira casa decimal, ora acima, ora abaixo de zero. Essa tem sido a toada há mais de trinta meses e nenhuma ação do cardápio neoliberal do governo parece capaz de tirar a economia desse dramático quadro de paralisia e degradação social.

Em Territorial, a tragédia do derramamento de petróleo cru no Nordeste brasileiro só aumenta e a cada semana ganha novos infelizes capítulos. Além das crescentes áreas que o óleo atinge, novas mostras da fragilidade das ações e interesse do governo federal para enfrentar o problema ficam cada vez mais evidentes. Os prejuízos econômicos para a região já começam a transparecer.

A análise da Comunicação apresenta que pelo segundo mês consecutivo Bolsonaro é retratado como responsável pela devastação ambiental. A repercussão do vazamento de óleo que se espalha pelas praias do Nordeste é um dos principais temas que renderam críticas ao governo Bolsonaro na imprensa tradicional brasileira e provocaram engajamento nas redes sociais. Também se oferece um panorama das notícias sobre o Brasil na imprensa mundial.

`