Entre 2008 e 2018 foram acrescidos à frota brasileira um total de 28,6 milhões de automóveis e 13,7 milhões de motocicletas. É o que aponta o Mapa da Motorização Individual no Brasil 2019, realizado pelo Observatório das Metrópoles.

Segundo o Relatório, que pretende apresentar a evolução da frota de veículos automotores (automóveis e motos) no Brasil no período 2008-2018, a motorização individual é entendida como o processo resultante da presença dominante dos meios de transporte individuais motorizados sobre os demais.

Frota de automóveis
Dados do estudo mostram que entre 2008 e 2018 o total de automóveis no Brasil passou de 37,1 milhões para 65,7 milhões, sendo que as dezessete principais regiões metropolitanas são responsáveis por 40% desse crescimento. Assim, “as cidades que enfrentam os piores problemas de trânsito e transporte continuam recebendo boa parte da carga de novos automóveis que passaram a povoar as ruas nos últimos anos”. O estudo aponta que considerando apenas o ano de 2018, o crescimento do número de automóveis foi da ordem de 3,7%, a menor variação anual em toda a série histórica, bem abaixo dos 8,1% de 2009, ano em que houve o maior crescimento dentro da série histórica considerada.

De acordo com o Relatório, a taxa de motorização (definida pelo total de automóveis dividida por cem habitantes) passou de 19,6 para 31,5 no Brasil e de 26,1 para 38,3 nas regiões metropolitanas entre os anos analisados.

Quanto a regiões, no período analisado, o maior crescimento absoluto no número de automóveis ocorreu no Sudeste, passando de 21 milhões para 35,2 milhões. A taxa de motorização da região passa de 26,2 autos/100 hab. para 40,1 autos/100 hab. No entanto, o maior crescimento percentual aconteceu na região Norte, que passou de pouco mais de um milhão de automóveis para mais de 2,3 milhões, representando um crescimento de 116%.

Frota de motos
Já a frota de motos, passou de treze milhões para 26,7 milhões no mesmo período, mas, nesse caso, tanto o maior aumento absoluto quanto o crescimento relativo mais expressivo ocorrem nas cidades menores. A taxa de motorização no Brasil por sua vez (motos/100 habitantes) passou de 6,9 a 12,8 e nas áreas metropolitanas de cinco para 8,9 (mais baixa que a média para o Brasil), entre os anos analisados.

Ao contrário dos automóveis, segundo o Relatório a frota de motos está menos concentrada na região Sudeste, especialmente por uma maior participação da região Nordeste após 2009. Enquanto na primeira estão concentrados 37,6% das motos em 2018, na segunda esse percentual chega a 28,2%, um percentual mais de duas vezes superior a participação da região Nordeste na frota de automóveis do país.

Nesse período, entre todas as regiões, Norte e Nordeste apresentam os maiores aumentos na participação e também os maiores crescimentos percentuais. Na primeira, o número de motos passou de 942,8 mil motos para 2,5 milhões entre 2008 e 2018, representando um aumento de 170%. Já no Nordeste a frota passou de 2,6 milhões de motos para 7,5 milhões, uma variação de 179,6%. Na região Centro-Oeste o crescimento ficou mais próximo da média nacional (96%), o que corresponde a um aumento de 1,3 milhão de motos.

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