Na última quinta-feira, dia 17 de outubro, Donald Trump indicou novo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, o diplomata de carreira Todd Chapman. Por outro lado, a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente Jair Bolsonaro, para ocupar a embaixada brasileira em Washington continua questionada.

Chapman ocupava a embaixada norte-americana em Quito, no Equador, desde 2016 onde presenciou a aproximação deste país com os Estados Unidos após a vitória de Lenín Moreno. No entanto, com os protestos que levaram milhares de equatorianos para as ruas contra as medidas de austeridade propostas pelo governo, entre elas a retirada de um subsídio estatal nos combustíveis o que fez o preço deles praticamente dobrarem, Chapman deixou o país. Sua nomeação, assim como acontece no Brasil, ainda precisa passar pelo Senado, no qual Trump detém a maioria.

Já a embaixada brasileira em Washington está vaga desde abril, quando o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, exonerou o diplomata Sérgio Amaral. Em julho, Bolsonaro anunciou que indicaria Eduardo para o posto pois ele teria credenciais para ocupá-lo, como falar inglês e espanhol e ter “fritado hambúrguer” quando morou nos Estados Unidos. Além disso, o deputado preside a Comissão de Relações Exteriores na Câmara dos Deputados.

Entretanto a indicação criou divergências dentro da própria base bolsonarista e com a atual crise dentro do PSL que, entre outras consequências, acarretou na tentativa frustrada de nomeação de Eduardo como líder do partido na Câmara, o posto de embaixador na capital estadunidense, ao que tudo indica, vai ficar vaga por mais algum tempo.

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