Surge novamente o debate se o governo Bolsonaro tem capacidade de combater situações de degradação do meio ambiente. Uma nova crise ambiental surge por meio da contaminação do mar e das praias com vazamento de óleo que atinge o litoral da região Nordeste.

Ao todo já foram atingidas 132 praias distribuídas em mais de 60 municípios brasileiros. Até o momento, não se sabe a origem do óleo que causou o desastre. Segundo a Petrobrás, as amostras coletadas não são compatíveis com as variedades de petróleo produzidos e comercializados pelo Brasil.

A estimativa é de 100 toneladas de óleo espalhados em uma extensão de dois mil quilômetros do litoral. O derrame de óleo ocorrido perto da costa pode ter impactos de longo prazo na fauna e na flora marinhas e em alguns casos podem demorar mais de 30 anos para serem absorvidos pelo oceano. O desastre também afeta a economia local, atingindo majoritariamente o setor de turismo, que é uma vocação predominante das localidades afetadas. A pesca artesanal também sofrerá impactos de médio e longo prazo.

Créditos: Ascom/Pref. Piaçabuçu/FP

Tentativa de limpeza da praia Pontal do Peba (AL)

A nova crise ambiental exige medidas imediatas centradas na contenção do óleo e na limpeza das praias. A questão coloca em debate o quanto o governo federal está preparado para lidar com este tipo de situação, ou melhor, quanto as novas gestões de órgãos como a Petrobrás, o Ibama, a ICMBio terão a capacidade de minimizar os impactos do vazamento de óleo na costa brasileira. O episódio ocorre após outra crise ambiental causada pela explosão das queimadas em diversos biomas e um aumento expressivo do desmatamento na Amazônia entre agosto e setembro de 2019.

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