A edição de setembro da revista Reconexão Periferias coloca no centro das discussões o problema da saúde mental nas classes populares, com todas as sensibilidades que o estigmatizam. O que a realidade tem mostrado, com números cada vez mais assustadores, é que o sofrimento psíquico leva a juventude a tomar decisões extremas.

Como se não bastassem os homicídios em níveis de guerra conflagrada, a taxa de suicídio entre adolescentes que vivem nas grandes cidades brasileiras aumentou 24% entre 2006 e 2015. Isso alerta para que mais e melhores políticas públicas para a saúde mental sejam oferecidas, especialmente para a prevenção do suicídio.

Quando se trata de saúde mental há diversos estigmas a serem quebrados. Um deles é que, uma vez esclarecido que problemas de saúde mental podem acometer qualquer um, este sujeito que sofre em determinado momento da vida não precisa conviver com a pecha de louco.

Outro ponto é que o sofrimento causado pela saúde mental – em diagnósticos como depressão ou transtorno bipolar, deve ser visto como algo relevante para a sociedade e uma forma de reconhecimento humano do direito à subjetividade.

A revista traz ainda uma entrevista com Roberto Tykanori, que é um dos principais especialistas em saúde mental no país.

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