Em 7 de setembro de 1995, o Grito dos Excluídos realizava pela primeira vez marchas em 170 cidades brasileiras. O movimento nasceu por iniciativa das pastorais sociais da igreja católica. Naquele ano, o Grito dialogava com o tema da Campanha da Fraternidade – “Eras Tu, Senhor”, dirigido especialmente aos mais abandonados e esquecidos da sociedade.

A marcha foi organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em conjunto com diversas organizações sindicais e reuniu trabalhadores e romeiros. A caminhada tinha como lema “Vida em Primeiro Lugar” e visava chamar atenção para o problema da desigualdade, tornando visível a face dos ignorados pela sociedade e buscando alternativas para a inclusão social.

Em 2019, o Grito completa seu 25º ano de ações ininterruptas, desta vez sob o lema “Este sistema não vale, lutamos por justiça, direitos e liberdade”. A marcha deste ano vai denunciar os crimes socioambientais e também os ataques aos direitos dos trabalhadores promovidos após o golpe de 2016 e acentuados após a eleição de 2018.

Em 1997, o fotógrafo Dino P. dos Santos acompanhou a marcha em Aparecida do Norte (SP). No ano seguinte, Doulgas Mansur clicou o evento na mesma cidade. As imagens hoje fazem parte do acervo do Centro Sérgio Buarque de Holanda, da Fundação Perseu Abramo. Elas podem ser consultadas digitalmente, assim como cartazes das edições de 1998, 2003 e 2007 diferentes edições do Grito dos Excluídos.

Este texto é um trabalho do Memorial da Democracia, o museu virtual mantido pela Fundação Perseu Abramo e pelo Instituto Lula.

 

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