O governo da Venezuela, liderado por Nicolás Maduro, anunciou que não irá participar de negociações com representantes da oposição após ela endossar novas sanções do governo estadunidense de Donald Trump. Estas visam sufocar ainda mais o país e agravar a sua crise econômica ao confiscar bens do governo venezuelano que estejam nos Estados Unidos e bloquear seu comércio exterior. As negociações aconteceriam nos dias 08 e 09 de agosto em Barbados, com mediação da Noruega.

As tentativas de retirar Maduro do governo na Venezuela se acumulam há anos e a principal estratégia são as sanções econômicas que, no fim, só acarretam mais sofrimento para a população do país. Desde o começo deste ano, a oposição tenta conquistar o governo com Juan Guaidó que se autoproclamou presidente com apoio dos Estados Unidos e de vários outros países, entre eles o Brasil e o Grupo de Lima que foi criado em 2017 para acompanhar a situação venezuelana e pressionar o governo de Maduro.

Entretanto, o governo possui apoio de grande parte da população e do exército, bem como aliados de peso no cenário internacional, como a China, Rússia, Turquia e Índia. Guaidó falhou todas as vezes em que tentou ser nomeado presidente e seu nome já perde relevância política.

Nesse contexto, Maduro propôs abrir diálogo com a oposição para tentar um caminho que retirasse o país da crise. Porém, com estas novas sanções o governo venezuelano resolveu não participar das negociações, pois é óbvio que a retirada das sanções é condição mínima para qualquer acordo e o aprofundamento delas neste momento visa atrapalhar as negociações para abrir caminho para outro tipo de intervenção como a militar.

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