Ao negar tortura, Bolsonaro mostra por que Comissão da Verdade é fundamental
Ao negar a tortura, ofender vítimas da ditadura e tentar reinventar a história, o presidente Jair Bolsonaro deixa evidente a importância da Comissão Nacional da Verdade. Em meio a mentiras sobre o caso Fernando Santa Cruz e outras falas sem respaldo histórico, o presidente perguntou: “quem acredita na comissão da verdade”?
A pergunta é muito boa. Criada para examinar os crimes praticado pelo Estado brasileiro contra seus cidadãos, a CNV brasileira foi considerada uma das mais qualificadas de todo o mundo. Em 2015, duas pesquisadoras do John Kennedy School of Government, de Harvard, analisaram 43 comissões no mundo e deram notas numa escala que ia até 7. A média no mundo foi de 3,18 pontos. A comissão do Brasil recebeu nota 6. Apenas duas comissões no planeta tiveram nota melhor. O jornal francês Le Monde elogiou a precisão inédita com a qual o relatório tratou a Operação Condor, uma coordenação repressiva das ditaduras sul-americanas.
Para responder a esta questão em detalhes, a Rádio Lula convidou o ex-ministro de direitos humanos Paulo Vannuchi para uma conversa. Ao lado de Lula, Vannuchi foi um dos protagonistas da idealização da Comissão Nacional da Verdade, lançada em 2012, durante o governo Dilma, com a presença de todos os ex-presidentes vivos. A Rádio Lula é o podcast do Instituto Lula, organizador do Memorial da Democracia, ao lado da Fundação Perseu Abramo.
Para entender melhor o que é e para que serve a Comissão Nacional da Verdade, ouça a entrevista na íntegra com Paulo Vannuchi, no seu tocador favorito de podcasts:
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