Com informações da Marcha das Mulheres negras
Hoje, dia 25 de Julho, dia em que se celebra o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela, a partir das 17h30, na Praça da República, terá início a concentração para a Marcha das Mulheres Negras de São Paulo, que sairá às 20h em direção ao Largo do Paiçandu, onde será encerrada.

Após reunir cerca de sete mil pessoas em 2018, as mulheres negras e indígenas voltam às ruas em ato de enfrentamento às políticas de desmonte dos direitos sociais, em uma conjuntura de graves violações de direitos humanos que as afetam principalmente mulheres negras e indígenas.

Este ano, o mote escolhido é: “Sem violência, racismo, discriminação e fome! Com dignidade, educação, trabalho, aposentadoria e saúde!”. Os eixos são uma resposta à precarização dos serviços de assistência e previdência social, e de saúde e educação públicas, que ocorrem nos níveis municipal, estadual e federal. A luta contra o racismo religioso, a lesbotransfobia e o genocídio da juventude negra e periférica permanecem na pauta de reivindicações.

Além das falas políticas, a marcha também contará com uma aula pública com Nilma Bentes, uma das fundadoras do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará, e uma das idealizadoras da marcha que levou cinquenta mil mulheres negras para Brasília em 2015. Nilma vai abordar o conceito de Bem Viver – filosofia indígena que propõe uma outra forma de organização social, contrária ao acúmulo de capital e à exclusão – e como ele se insere no contexto da vida das mulheres negras. Intervenções artísticas (e políticas) do bloco afro Ilú Obá de Min e de cantoras e poetisas negras completam a programação. Como todos os anos, as mulheres indígenas – com quem temos uma aliança de parentesco – são convidadas a marchar conosco. Por nós, por todas nós, pelo bem viver!

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