Foro de São Paulo nasceu como alternativa à onda neoliberal
O Foro de São Paulo nasceu em 1990, de um seminário internacional promovido pelo PT em São Paulo, em parceria com outras organizações e partidos de esquerda da América Latina. O “Encontro de Partidos e Organizações de Esquerda” inicialmente não vislumbrava a criação de uma organização permanente, mas sim de promover a buscar alternativas ao receituário neoliberal que começava a ser hegemônico no mundo.
Naquele ano fora lançado o Consenso de Washington, com receitas econômicas que, aplicadas por vários governos da região, tiveram resultados desastrosos. O fracasso posterior do neoliberalismo na América Latina contribuiria decisivamente para o surgimento na década seguinte de governos de esquerda e de centro-esquerda na maioria dos países.
Desde então, o Foro de São Paulo faz reuniões periódicas nos países que têm partidos ou organizações filiadas. São mais de cem, incluindo partidos com diferentes matizes de esquerda (esquerda, ultraesquerda, sociais-democratas e comunistas), organizações sindicais e sociais, grupos étnicos e movimentos da esquerda católica.
O 25º encontro do Foro de São Paulo acontece de 24 a 28 de julho, em Caracas, na Venezuela. Em nota, o Partido dos Trabalhadores apresenta o Foro como “uma articulação de partidos políticos progressistas e de esquerda na região latino-americana e caribenha, se reúne periodicamente para intercambiar experiências e compartilhar ideias para fortalecer a luta de nossos povos por soberania, democracia, justiça social, desenvolvimento sustentável e inclusão social na nossa região”.
Os principais eixos do encontro deste ano são “Pela Paz, Soberania e Prosperidade dos Povos”. Os temas da Paz na Colômbia e na Venezuela, bem como o apoio aos Diálogos da Noruega serão discutidos juntamente com a Campanha Lula Livre e a perseguição política na região, além do fim do embargo econômico a Cuba.
Em 2013, a Fundação Perseu Abramo publicou o livro Foro de São Paulo — Construindo a Integração Latino-americana e Caribenha de Roberto Regalado e Valter Pomar, que pode ser baixado gratuitamente aqui.
Este texto é um trabalho do Memorial da Democracia, o museu virtual da Fundação Perseu Abramo e do Instituto Lula.