“50 anos de Stonewall – Nossas conquistas, nosso orgulho de ser LGBT+” é o tema da 23ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. Considerada a maior parada do mundo, a partir das 10 horas deste domingo, 23 de junho, a avenida Paulista deverá receber por volta de três milhões de participantes. Em frente ao Masp acontece a concentração dos trios que descem em direção a Consolação.

A Associação da Parada, a entidade organizadora do evento, optou por relembrar Stonewall, “um exemplo de que vitórias podem surgir a partir do sofrimento e da repressão”. Na madrugada de 28 de junho de 1969, gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais frequentadoras de um bar, o Stonewall Inn, em Nova Iorque, resolveram, após uma batida policial, dar um basta às agressões, preconceitos, humilhações e perseguições que sofriam. Foram três dias de resistência e enfrentamento com a polícia. Naquela época, ter relações sexuais com pessoas do mesmo sexo era ilegal em todos os estados americanos.

A revolta tornou-se o marco de uma série de protestos e reivindicações por direitos LGBT, que se espalharam pelo país e influenciaram outros movimentos LGBT pelo mundo. Um ano depois, em 28 de junho de 1970, em Nova Iorque, foi realizada a primeira parada do orgulhho, em celebração à Revolta de Stonewall.

No Brasil do retrocesso, país líder em assassinatos e violências várias contra a população LGBTQI+, com avanços tímidos e algumas vitórias como foi a decisão de equiparar homofobia ao crime de racismo, São Paulo vai ferver. A programação é longa, inclui feira, atividades culturais e debates, além da tradicional caminhada das lésbicas e bissexuais, que ocorre no sábado, dia 22 de junho.

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