De acordo com os últimos dados do PIB Municipal (IBGE, ano 2016), as atividades vinculadas à administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social se apresentaram como as de maior valor adicionado em 48,9% (2.725) dos municípios brasileiros. Mesmo assim, este setor vem sendo o principal alvo das medidas de austeridade econômica e cortes praticados pelo governo Bolsonaro.

A relevância do setor se mantém tanto em período de crescimento econômico, pois foi a principal atividade econômica de 40,2% dos municípios cujo PIB cresceu mais que 6% ao ano entre 2010 e 2014, como nos de dificuldade econômica, sendo a principal atividade em 50% dos municípios que apresentaram redução real do PIB no período 2015-2016, segundo o Boletim de Análise de Conjuntura de maio de 2019 da Fundação Perseu Abramo.

Tais resultados demonstram o quão prejudicial à economia dos municípios a atual política fiscal de austeridade, fundamentada no desmonte e sucateamento de políticas e serviços públicos, pode ser. Os atuais cortes em Educação e Saúde, somado ao Teto de Gastos, implantado em 2016, já vêm demonstrando total ineficácia em sua aparente missão de dinamizar e fazer crescer a economia nacional. Ao invés disto o que se vê é o aumento do desemprego e da desigualdade social e a redução da qualidade de vida da população.

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