O Boletim de Análise de Conjuntura de maio, em sua seção Territorial, mostrou o quanto os municípios brasileiros foram afetados pela atual crise econômica até 2016. Se entre 2010 e 2014 cerca de um terço deles (1.669) apresentou crescimento médio anual do PIB superior a 6%, entre 2015 e 2016 menos de um sexto deles (835) teve o mesmo desempenho.

Os mapas a seguir permitem perceber que entre 2010 e 2014 os estados do Amazonas, Piauí, Maranhão, Acre, Paraná, Ceará, Pará e Mato Grosso contaram com 70% ou mais de seus municípios nas duas faixas verde do mapa, ou seja, com os maiores crescimentos do PIB. Em 2015 e 2016 a situação mudou, com os melhores resultados apresentando patamares de crescimento significativamente inferiores ao período anteriormente analisado. Tal destaque positivo coube aos estados de Mato Grosso, com 64,5% de seus municípios com crescimento superior a 3%, Alagoas (46,1%), Pará (45,8%), Tocantins (43,2%) e Mato Grosso do Sul (43%).

Outros estados apresentaram inversão de seu forte crescimento anterior: notadamente municípios do Acre (81% destes com PIB médio anual negativo), do Amazonas (77,4%) e do Ceará (68,5%).

Há também as unidades da federação, cuja proporção de municípios com PIB negativo eram significativamente superiores às médias dos demais no período 2010 a 2014 e que tiveram sua situação ainda mais agravada em 2015 e 2016. São elas: Rondônia (com 46,2% de seus municípios com PIB negativo), Rio de Janeiro (55,4%), São Paulo (56,1%), Sergipe (66,7%), Espírito Santo (66,7%) e Santa Catarina (67,1%).

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