Pesquisa de opinião realizada pela Fundação Perseu Abramo, entre os dias 2 e 18 de maio, mostra que 71% dos caminhoneiros são favoráveis a uma nova greve do setor. Foram entrevistados 648 caminhoneiros, em 44 cidades.

As entevistas foram feitas em locais de grande concentração de motoristas de caminhão, como postos de combustíveis, áreas portuárias e oficinas mecânicas especializadas.

No entanto, como retratado em reportagem do Brasil de Fato publicada nesta sexta, dia 7, há uma divisão entre as lideranças da categoria sobre a adesão à Greve Geral do próximo dia 14. Enquanto a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), que representa 700 mil caminhoneiros, anunciou adesão à Greve Geral, a decisão foi criticada por uma das lideranças que participou da greve da categoria no ano passado.

“Não haverá paralisação, isso é coisa de gente irresponsável no meio de uma negociação em que o governo tem cumprido sua parte, esse anúncio é coisa de pessoas que são contra o crescimento do Brasil e do presidente, mas garanto, não haverá paralisação” afirmou Wanderley Dedeco, identificado com a greve do ano passado, organizada principalmente por intermédio do whatsapp. A entrevista foi concedida ao repórter Igor Carvalho.

A pesquisa identificou também queda de apoio a Bolsonaro na categoria. Entre os entrevistados que afirmaram ter votado no atual presidente no segundo turno, 12,5% já avaliam o presidente como ruim e péssimo e 34,3% avaliam como regular. Leia o relatório da pesquisa com caminhoneiros

A pesquisa foi feita pela Rede Nacional de Pesquisadores Associados, uma iniciativa da Fundação Perseu Abramo que tem como propósito formar um painel de pesquisas e levantamento de dados em âmbito nacional, que seja capaz de subsidiar análises sobre os mais diversos temas de interesse da instituição, tendo foco em questões sociais, políticas e econômicas.

 

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