No dia em que alunos, professores e trabalhadores voltam às ruas para protestar contra o corte nas verbas da educação, vale lembrar que a resistência estudantil foi fundamental em diversos momentos históricos do país. Da campanha do Petróleo é nosso à redemocratização, do movimento Fora Collor à criativa resistência cultural, os estudantes desenharam os contornos da nossa democracia.

O Memorial da Democracia, o museu das lutas democráticas do povo brasileiro e o Centro Sérgio Buarque de Holanda prepararam uma série de conteúdos para lembrar essa história de lutas e conquistas:

No acervo do Centro Sérgio Buarque de Holanda você encontra documentos e imagens sobre:

– Campanha por uma UBES independente e democrática
https://acervo.fpabramo.org.br/index.php/campanha-por-uma-ubes-independente-e-democratica-sao-paulo-sp-1981-credito-vera-jursys-29

– Congresso da UEE-SP
https://acervo.fpabramo.org.br/index.php/congresso-da-uee-sp-local-desconhecido-1981-credito-vera-jursys-10

https://acervo.fpabramo.org.br/index.php/congresso-da-uee-sp-local-desconhecido-1981-credito-vera-jursys-26

– Congresso da UMES-SP
https://acervo.fpabramo.org.br/index.php/congresso-da-umes-de-sao-paulo-2-sao-paulo-sp-data-desconhecida-credito-vera-jursys-12

– Congresso da UBES
https://acervo.fpabramo.org.br/index.php/congresso-nacional-da-ubes-curitiba-pr-1981-credito-vera-jursys-46

– Campanha contra o ensino pago na PUC-SP
https://acervo.fpabramo.org.br/index.php/campanha-contra-o-ensino-pago-na-puc-sp-sao-paulo-sp-data-desconhecida-credito-vera-jursys-4

– Passeata estudantil pela CPI da corrupção, no governo FHC
https://acervo.fpabramo.org.br/index.php/passeata-estudantil-pela-cpi-da-corrupcao-sao-paulo-sp-1997-1999-credito-autoria-desconhecida

– Conferência Nacional da Libelu, na USP
https://acervo.fpabramo.org.br/index.php/conferencia-nacional-da-libelu-corrente-estudantil-ligada-osi-na-usp-sao-paulo-sp-data-desconhecida-credito-vera-jursys-55

– Renião da corrente estudantil Alicerce, ligado à Convergência Socialista
https://acervo.fpabramo.org.br/index.php/reuniao-da-corrente-estudantil-alicerce-ligada-cs-local-desconhecido-1981-credito-vera-jursys-7

– Pichações do movimento estudantil nas ruas de SP
https://acervo.fpabramo.org.br/index.php/pichacoes-do-movimento-estudantil-sao-paulo-sp-data-desconhecida-credito-ennio-brauns-filho-2

– Campanha estudantil contra o controle ideológico e repressão nas universidades
https://acervo.fpabramo.org.br/index.php/manifestacoes-do-movimento-estudantil-brasil-data-desconhecida-credito-autoria-desconhecida-2

Memorial da Democracia – Antes do golpe militar, o movimento estudantil (ME) e suas entidades, como a UNE (União Nacional dos Estudantes) e as UEEs (União Estadual dos Estudantes), participaram ativamente das mobilizações em favor de mudanças progressistas no país. Por isso, seus membros foram fortemente perseguidos pela ditadura desde o primeiro momento. A sede da UNE, no Rio de Janeiro, foi atacada e incendiada no dia do golpe, 1º de abril de 1964. Em seguida, todas as entidades estudantis foram colocadas na ilegalidade. Centros acadêmicos foram fechados e, em 27 de outubro do mesmo ano, o Congresso aprovou o decreto que extinguia a UNE e proibia greves e atividades políticas nas universidades.

Pouco depois, em 9 de novembro, foi aprovada a Lei Suplicy, elaborada pelo ministro da Educação, Flávio Suplicy de Lacerda, com o objetivo de intervir no movimento estudantil e controlar os órgãos de representação dos universitários. A partir da Lei Suplicy foram criados de cima para baixo os diretórios acadêmicos (DAs), os diretórios centrais (DCEs), os diretórios estaduais (DEEs) e o Diretório Nacional dos Estudantes. O ME, depois de muita discussão, reagiu à nova legislação participando e se apropriando dos DAs e DCEs, mais próximos da massa dos estudantes, e repudiando os DEEs e o DNE, mantendo em funcionamento, na clandestinidade, as UEEs e a UNE.

O Memorial tem um capítulo inteiro dedicado somente ao movimento estudantil durante os anos da ditadura militar.