Relatório anual da Organização Internacional do Trabalho (OIT), entitulado “Global Wage Report 2018/19: What lies behind gender pay
gaps” mostra que a desigualdade salarial no Brasil, em termos de gênero, difere muito entre os mais ricos e os mais pobres. Entre os 10% mais pobres, a diferença do salário por hora entre homens e mulheres seria de 1,2%, enquanto entre os 10% mais ricos esta diferença de gênero subiria para 6,9%.

Este fato pode ser explicado pelo leque salarial maior no topo do que na base de rendimentos e pelo fenômeno do “teto de vidro”, que aponta que mulheres têm mais dificuldade de subir na carreira (e ter correspondentes aumentos de salário) que homens, devido ao machismo, a
tempo dedicado a atividades domésticas, entre outros fatores. No entanto, este fenômeno ocorre no Brasil apesar de as mulheres terem índices de escolaridade muito superiores aos níveis masculinos.

Além disso, o relatório mostra que enquanto metade dos brasileiros mais pobres (os 10% mais pobres) são mulheres, no décimo mais rico da sociedade as mulheres representam somente 33%.

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