Eleições parlamentares na Índia terão até 900 milhões de eleitores
A Índia é uma república parlamentar cuja Assembleia Nacional é composta por 545 deputados, além de um senado e assembleias estaduais. O partido ou coalizão que eleger a maioria de parlamentares escolhe o primeiro ministro e compõe o governo. O atual primeiro ministro é Narendra Modi do partido nacionalista e de direita, Bharatiya Janata Party (BJP), eleito em 2014 com quase 52% dos votos, derrotando o Partido do Congresso Nacional Indiano (INCP) que estava no governo.
Embora estes dois partidos sejam os maiores da Índia, normalmente mais de quatrocentos disputam as eleições, pois muitos têm caráter regional e, quando elegem representantes, dependem da formação de coalizões para terem alguma participação nacional.
O processo eleitoral de 2019 prevê a participação de até novecentos milhões de eleitores e realiza-se durante um dia por semana, em sete fases que se iniciaram em 11 de abril e vão se concluir dia 19 de maio. O resultado deverá ser divulgado dia 23. As pesquisas apontam para nova vitória do BJP devido, principalmente, aos arroubos nacionalistas recentes contra o Paquistão, embora com percentual menor do que em 2014.
No entanto, o mau desempenho da economia, as altas taxas de desemprego e a derrota do BJP nas eleições legislativas em vários estados populosos em 2018 permitem que o Partido do Congresso aposte na possibilidade de retornar ao governo. Seu candidato a primeiro ministro é Rahul Gandhi, presidente do partido e neto de Indira Gandhi, que foi a única mulher a exercer este cargo na Índia, até ser assassinada em 1984, destino compartilhado posteriormente pelo seu filho Rajiv, pai de Rahul.