A Fundação Perseu Abramo (FPA) completa 23 anos neste domingo (5), em um cenário de destruição de direitos dos trabalhadores, ameaças à democracia e ruptura do Estado de direito. Neste contexto, o projeto que inspirou sua criação pelo Partido dos Trabalhadores em 1996 assume particular importância para a produção de conhecimento e disseminação de informações com o objetivo de preservar e fazer avançar a democracia.

Desde o seu surgimento, a Fundação constituiu-se como um espaço externo às instâncias partidárias para a reflexão política e ideológica, a promoção de debates, estudos e pesquisas, com a abrangência que possibilita a pluralidade de opiniões.

O governo Bolsonaro busca impedir as organizações populares e de esquerda de denunciar o caráter antidemocrático de seu projeto, cujo foco é destruição dos direitos sociais e políticos que vinham avançando no Brasil antes do golpe parlamentar de 2016, além de aniquilação da política externa soberana desenvolvida até então. O caminho escolhido foi asfixiar e destruir no mais curto tempo possível todos os espaços e estruturas de resistência.

Com isso, a FPA consolidou um plano de trabalho que responde ao imenso desafio de refletir cotidianamente sobre os fatos e as condições que levaram o Brasil ao estágio atual, fazer pesquisas para entender a opinião pública, oferecer formação à militância em todas as regiões do Brasil e municiar a imprensa independente de estudos, pesquisas e informações capazes de contrapor a visão neoliberal que prevalece na mídia comercial.

Esse trabalho pode ser conhecido pelo público por meio de vários produtos desenvolvidos e divulgados no portal da Fundação e em seus canais nas redes sociais, com a publicação diária de notícias, o Boletim de Análise da Conjuntura e o de Olho no Governo, O Informe da Semana, o podcast Carta Semanal e pela tevêFPA, além de publicações mais densas que trazem o pensamento crítico de intelectuais da esquerda sobre a economia e a sociedade, como a revista Teoria e Debate.

Os grupos de estudo sobre Estado, democracia e desenvolvimento realizam reflexão e debate sobre a realidade local e regional dos diversos territórios com o intuito de contribuir para um novo projeto de país, que combata a desigualdade.

Os cursos da FPA, realizados tanto por Educação a Distância quanto em parceria com instituições locais em diversos locais do Brasil, possibilitam levar à militância formação teórica, informações sobre a realidade política e econômica que municiam para a disputa política e reconstrução de um projeto democrático e popular no Brasil.

Para responder à demanda de estreitar relações com os movimentos sociais e ampliar e fortalecer a relação do PT com a sociedade, através do debate das pautas das periferias, foi lançado o projeto Reconexão Periferias, que em pouco tempo realizou várias ações culturais, desenvolveu pesquisas e acaba de lançar uma revista digital, cuja primeira edição trata da luta pela terra e violências.

Outra área que ganha particular importância no atual momento é o Centro Sérgio Buarque de Holanda, que guarda registros de uma das experiências mais importantes da classe trabalhadora na história recente do Brasil. O CSBH é responsável pelo tratamento do arquivo histórico do PT e de outros arquivos a ele relacionados, bem como pelo fomento à pesquisa e à reflexão sobre a história do partido e da classe trabalhadora. Nele podem ser acessados documentos textuais, iconográficos, audiovisuais, tridimensionais e outros que contribuem para o enriquecimento do debate democrático dentro e fora do Partido.

 

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