‘Coisa mais linda’ e uma sociedade não tão linda
Produzida pelo streaming Netflix a nova série: Coisa Mais Linda conta a história de quatro mulheres, em um período no qual os costumes da sociedade brasileira eram outros. A série se passa no Brasil do final da década de 1950 e início da de 1960, e, enquanto mistura jazz e bossa nova, aborda questões de violência doméstica, sexismo e racismo.
A série tem como trama principal a reviravolta vivida por Maria Luiza (Malu), uma mulher de família tradicional paulistana, esposa e mãe que sonhava em abrir seu negócio na cidade do Rio de Janeiro, mas que tem que enfrentar seu pai e uma sociedade machista e patriarcal antes de conseguir.
Malu enfrenta o abandono do marido e do pai, mas tem a ajuda de três mulheres: Thereza, Lígia e Adélia, para conseguir abrir seu bar e superar a saudade do filho, as barreiras sociais e dificuldades encontradas.
A trama, nesse sentido, também vai abordar a questões de racismo vividas por Adélia, uma mulher negra e mãe solteira, que se torna sócia de Malu. A personagem passa por diversas situações de discriminações, que parecem sutis, mas que demonstram os preconceitos existentes na sociedade de 1959.
Por outro lado, Coisa Mais Linda, traz os abusos domésticos vividos por Lígia e dificuldade de Thereza em uma redação cheia de homens que acreditam que mulheres deveriam ficar em casa e não trabalhando.
A série Coisa Mais Linda, portanto, mostra uma sociedade brasileira diferente, mas ao mesmo tempo muito similar aos dias atuais, sendo um possível tema para o debate sobre feminismo e o papel da mulher na sociedade. O trailer da série pode ser visto aqui.