Mesmo com o avanço das discussões sobre desigualdade de gênero no mundo, o caminho para mudar as estatísticas ainda é longo, já que entre as novas gerações ainda persistem tais diferenças.

A publicação Spotlight on work statistics  da Organização Internacional do Trabalho mostra que em 2018 21% da juventude do mundo (de 15 a 24 anos) – ou um quinto do total global – eram classificados como “nem nem”: nem trabalhavam, nem estudavam/treinavam.

Já que a trajetória na juventude marca a entrada na vida adulta, tal estatística mostra que estes jovens correm riscos econômicos e de exclusão social para o resto da vida. Por outro lado, 37% dos jovens nessa faixa etária trabalhavam e 42% não trabalhavam mas estavam estudando/em treinamento.

Estes dados, quando segmentados por gênero, mostram que as desigualdades se reproduzem mesmo entre os jovens, o que mostra os desafios para enfrentar o machismo no mundo: 30% das jovens mulheres no mundo se enquadram na categoria nem-nem, enquanto somente 13% dos homens estão nesta categoria. A literatura mostra que esta diferença pode ser devida às responsabilidades domésticas que sobrecarregam as mulheres desde a juventude.

Nas Américas, 19% dos jovens eram nem-nem, sendo este índice entre os homens de cerca de 14% e entre as mulheres de cerca de 24%. Em termos regionais, as maiores diferenças de gênero quanto a este quesito estavam nos países árabes, onde 45% das mulheres eram nem-nem, contra 15% dos homens.

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