‘Green book: O guia’, um filme que expõe o racismo
Baseado em uma história real, Green Book: o Guia, dirigido por Peter Farrelly, além do Oscar de melhor filme e melhor roteiro original deu também o prêmio de melhor ator coadjuvante a Mahershala Ali.
A produção traz os temas do racismo e da desigualdade nos Estados Unidos, no mundo da arte e cultura, a partir da relação entre um músico negro e seu motorista branco. A inversão de posições hierárquicas entre brancos e negros, tanto em nível cultural como econômico, não impede que o racismo se manifeste.
Tony (Viggo Mortensen), um grosseirão branco e preconceituoso que vive se metendo em encrencas, ao ficar desempregado é contratado como motorista e segurança por Dr. Don Shirley (Mahershala Ali), um pianista negro respeitado nos Estados Unidos por sua arte e talento. Os dois partem para uma turnê de oito semanas pelo sul do país, onde seguem “O Guia” dos poucos estabelecimentos que os negros americanos podem frequentar.
No percurso, o complicado encontro com a discriminação e a humilhação no tratamento racista dispensado ao músico constrange até mesmo um grosseirão como Tony, que passa a adotar uma nova postura em relação ao racismo e ao patrão, com quem, pouco a pouco, desenvolve amizade.
Assim como Pantera Negra e Infiltrado na Klan, Green book é mais um filme que traz à discussão o racismo nos Estados Unidos na década de 60, mas ainda tão presente nos dias atuais.