Uma mulher forte, temida por alguns e desacreditada por outros, esta é Gloria Allred, um dos mais importantes nomes do movimento feminista desde a década de 1960. Allred dedicou sua vida à defesa dos direitos das minorias e das mulheres, sendo protagonista de mudanças históricas nos Estados Unidos. Gloria inspira e empodera, e é exatamente a sua trajetória que é abordada no documentário Seeing Allred (em português Gloria Allred: Justiça para Todos)

Allred veio de uma família humilde, foi mãe com 19 anos e passou por dois casamentos conturbados, em um período no qual, para a sociedade, a separação não era bem vista, e as próprias palavras “feminismo” e “feminista’ eram consideradas como sendo algo pejorativo. Assim, Allred foi considerada motivo de piada, e muitas vezes desvalorizada e ridicularizada, por vários grupos.

 

Gloria, ao centro, em cena do documentário

Créditos: IMDB.com

 

Nesse sentido, Seeing Allred apresenta essas duas Glorias que se complementam: a ativista, que participou intensamente dentro do sindicato dos professores (quando estava no exercício da profissão), tornou-se porta-voz na Organização Nacional de Mulheres e participou de vários debates relacionados a minorias, e a advogada, que ficou conhecida por atuar em casos relacionados ao abuso de mulheres, principalmente os que envolviam homens influentes, tal como o caso do comediante Bill Cosby e o do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Gloria Allred: Justiça para Todos, portanto, inspira por contar a história de superação da advogada, esta que transformou sua dor em aprendizado, e depois a utilizou para fazer a diferença na vida de outras mulheres, e na sociedade como um todo. Dessa forma, o documentário não apenas mostra o quão recente são algumas conquistas, mas também deixa claro a existência de um longo caminho a se percorrido na luta por direitos.

Gloria Allred: Justiça para Todos (Seeing Allred)
Ano de lançamento: 2018
Duração: 1h 36 min

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