A exposição “Reconhecimento! Das lutas sociais pela participação” (Anerkennung! Von gesellschaftlichen Kämpfen um Teilhabe), atualmente no Museu da Cidade de Oldenburg, cidadezinha no norte da Alemanha, mostra os diversos grupos sociais que sofrem preconceitos no país e suas lutas por reconhecimento.

Mulheres, LGBTQ+, analfabetos, sem-teto, deficientes, judeus: em uma curta mas poderosa exposição, são abordadas as barreiras que cada um destes grupos teve que superar – e as que ainda precisam ser superadas – para terem espaço na sociedade. Entre as mulheres, se destaca nesta exposição a luta para poder votar e ser votada, algo que hoje é considerado comum – o voto feminino – só foi conseguido por meio da luta de muitas mulheres feministas mundo afora. Sobre os LGBTQ+, são mostradas diversas fotos do movimento em Oldenburg.

Sobre a sobreposição de desigualdades, os organizadores da exposição chamam a atenção para um ponto específico. Durante o tempo do nazismo, os judeus foram perseguidos não só pela religião e cultura em si, mas também pelos laços desse povo com uma instituição que, em geral, não era bem vista: a universidade. O nazismo olhava com desprezo para a “intelectualidade” e para a pesquisa científica que não corroborassem com os objetivos de justificativa do arianismo. A exposição relembra um intelectual judeu, Magnus Hirschfeld, que também era um defensor dos direitos dos homossexuais, unindo diversas características que o tornavam um “inimigo da pátria” naquela época. Hirschfeld foi citado por Hitler em discursos como exemplo da raça judaica que deveria ser destruída. Ele fugiu da Alemanha em 1930 e morreu no exílio, em Nice (França), em 1935.

Além de ser uma interessante exposição, é muito impactante perceber que até mesmo fora dos grandes centros, as questões de participação e reconhecimento social podem ser discutidas pela sociedade.

 

 

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