O quarto Congresso da Confederação Sindical Internacional (CSI) ocorreu na cidade de Copenhagen, Dinamarca, entre 2 e 7 de dezembro, tendo como mote Construindo o Poder dos Trabalhadores – Rompendo as Regras. Participaram pouco mais de setecentos delegados representando 240 centrais sindicais filiadas à CSI de 132 países e territórios. Entre delegados, convidados, observadores e staff, compareceram aproximadamente 1.200 pessoas.

A CSI foi fundada na cidade de Viena, Áustria, em 2006 quando se fundiram duas organizações mundiais, a Confederação Mundial do Trabalho (CMT) que reunia sindicatos democratas cristãos e a Confederação Internacional de Organizações Sindicais Livres (CIOSL) surgida no início da guerra fria em 1948 à partir da divisão da Federação Sindical Mundial (FSM) e com caráter social democrata. O atual diretor geral da OIT, Guy Rydder foi o primeiro secretário geral da CSI.

Entre os vários temas debatidos no Congresso como paz, democracia, direitos, questões econômicas e igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, houve um ato em defesa da liberdade de Lula e foi também aprovada uma moção nesse sentido após a leitura de uma carta que ele enviou saudando os participantes.

O inusitado foi a reeleição da secretária geral, a professora australiana, Sharon Burrow, que está à frente da CSI desde 2010. Ela foi desafiada pela candidatura da metalúrgica italiana da CGIL, Susana Camuso, que obteve 48% dos votos contra 52% da vencedora. A motivação da candidatura de oposição era a demanda por menos centralismo e mais sindicalismo na CSI. Embora Sharon fosse apoiada por três das cinco maiores organizações filiadas, a AFL-CIO dos Estados Unidos, TUC da Inglaterra e a Confederação da Rússia, Susana teve apoio da DGB alemã, Rengo do Japão, CUT do Brasil, CLC do Canadá e de todas as filiadas da América Latina.

O resultado apertado contribuiu para que houvesse algum nível de composição ao final com a aceitação de algumas propostas políticas e a escolha de Victor Baez, atual secretário-geral da CSA (regional da CSI das Américas) como um dos secretários-gerais adjuntos e um representante da DGB da Alemanha como conselheiro fiscal. João Felicio, da CUT Brasil, deixou a presidência, após um mandato de quatro anos. O posto será agora ocupado por um representante da NLC da Nigéria, uma vez que este cargo é rotativo entre as regionais da CSI em cada congresso.

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