O Centro Sérgio Buarque de Holanda de Documentação e História Política (CSBH) da Fundação Perseu Abramo (FPA) realizou na noite de 5 de dezembro uma entrevista com José Genoíno, para marcar o lançamento do livro “O Socialismo nas Resoluções de Encontros e Congressos do Partido dos Trabalhadores” (clique aqui para baixar).

Dirigentes estaduais do Partido dos Trabalhadores (PT) acompanharam toda a atividade, coordenada por Isabel dos Anjos, diretora da FPA.

A entrevista

Genoíno enfatizou a importância da memória nos processos de transformação social e, citando Leonardo Boff, afirmou que “a memória é subversiva e rebelde na sua essência. Ela é transformadora”. Daí a importância de preservá-la.

O convidado da noite lembrou de Marco Aurélio Garcia e fez uma saudação a Luiz Dulci que, segundo ele, foram duas figuras importantíssimas para o debate sobre Socialismo no PT.

Genoíno destacou a importância de construir o socialismo como alternativa radical ao capitalismo. “As pessoas conseguem imaginar o fim do mundo por uma catástrofe, mas não conseguem imaginar o fim do capitalismo”.

Além disso, reforçou a importância de se falar em radicalização democrática no processo de construção do socialismo, que “deve ser um socialismo dos direitos e da democracia”. Para ele, que foi do Partido Revolucionário Comunista (PRC) e Partido Comunista do Brasil (PCdoB), a base do PT teve um papel fundamental na construção deste ideário democrático.

Genoíno tratou também da necessidade urgente de se retomar a discussão estratégica na luta: “temos que voltar a pautar estratégia, os rumos do Brasil e não apenas discussão eleitoral de 2 em 2 anos”. Por fim, ressaltou a importância da alegria, do afeto e da autoestima do militante para seguir na resistência.

O livro

O livro é parte da Coleção Cadernos Perseu, resultado de um esforço do CSBH para disponibilizar documentos históricos relevantes aos debates da esquerda.

Nesta edição, o CSBH reuniu trechos que discutem socialismo registrados nas resoluções do PT ao longo de toda a sua trajetória, desde o 10º Encontro, em 1981, até o 6º Congresso, em 2016. O livro conta também com textos de Gleisi Hoffman, presidenta do partido, e da filósofa Mariela Chauí, além de uma entrevista com José Genoíno.

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