Nesta sexta-feira, 30 de novembro, foram divulgados os resultados das Contas Nacionais referentes ao terceiro trimestre de 2018. Segundo o IBGE, a economia brasileira cresceu 0,8% no período julho-agosto-setembro ante o trimestre imediatamente anterior.

Embora tal crescimento tenha vindo abaixo do que sugeriam os principais indicadores antecedentes do PIB de que dispomos – o Monitor do PIB da FGV tinha apontado um crescimento de 1,0% e o IBC-Br do Bacen um salto de 1,7% – o número traz algum alento ao quadro de estagnação econômica que se estende desde o fim da recessão em 2017 e, em grande medida, reflete os impulsos proporcionados pelo processo eleitoral.

Observando-se esse crescimento pela ótica da oferta, a expansão das atividades do setor de serviços (+0,5%), que tem o maior peso no cálculo do PIB, foi a que mais contribuiu para o avanço registrado no trimestre encerrado em setembro. Entre essas, o segmento com maior destaque foi o de transportes, armazenagem e correio que cresceu 2,6% na passagem do segundo para o terceiro trimestre, ainda refletindo a recuperação frente as paralisações do setor ocorridas no final de maio. Para além do setor de serviços, foram importantes também os avanços registrados na produção agropecuária (0,7%) e na indústria de transformação (0,8%).

Já pela ótica da demanda, o maior destaque foi a expansão da formação bruta de capital fixo (6,6%), seguida pelo crescimento do consumo das famílias (0,6%) e do governo (0,3%). Por seu turno, o setor externo jogou papel negativo neste terceiro trimestre do ano, com as importações crescendo mais do que as exportações.

A despeito do suspiro momentâneo e do efeito positivo que produziu no mercado de trabalho – reduzindo a desocupação em favor do trabalho informal – há razoável consenso entre os analistas que o último trimestre de 2018 deverá ser menos dinâmico.

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