Após seis anos de implementação das cotas, a “cara” das universidades públicas brasileiras mudou: está mais negra, mais indígena, mais popular, mais diversificada. É o que mostra artigo de Rosana Heringer (http://cienciahoje.org.br/artigo/um-balanco-da-politica-de-cotas/).

No artigo, a autora defende as ações afirmativas e mostra que tais políticas foram aplicadas também em outros países como Índia e Estados Unidos, criando por onde foi implementada também muitas polêmicas. Mas a autora também relembra que, no caso brasileiro, muitos estudos já foram feitos mostrando por exemplo que o desempenho de alunos cotistas é estatisticamente igual ao de seus colegas não-cotistas.

Também, relembra a autora que simplesmente promover o crescimento econômico não leva a incluir minorias: no caso brasileiro, mesmo quando há crescimento econômico e redução das desigualdades sociais, a população negra ainda fica em desvantagem.

Mas as políticas para inclusão na educação superior, entre elas as ações afirmativas, foram de muito sucesso. Por exemplo, dados da Pnad/IBGE mostram que a taxa de frequência líquida de matrículas dos brancos passou de 14,5 em 2001 para 25,3 em 2014, enquanto entre os negros neste período foi de 2,2 para 11,4, e entre os pardos de 3,6 para 12,1. Isso tornou o perfil dos estudantes da educação superior mais parecido ao perfil da sociedade brasileira.

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