A popularidade do atual presidente francês, Emmanuel Macron, do partido Em Marcha!, foi testada novamente nas últimas semanas quando protestos contra o aumento do preço da gasolina e do diesel tomaram as ruas do país e contaram com a participação de milhares de pessoas. Os manifestantes, que usam como símbolo um colete amarelo fosforescente e não possuem hierarquia nem partidos políticos, se manifestaram pedindo a demissão de Macron, quebraram estabelecimentos nas ruas de Paris e confrontaram a polícia.

Macron chegou à presidência em 2017, após derrotar no segundo turno a candidata da extrema-direita Marine Le Pen com uma agenda prometendo renovação e moderação, apesar de ser um ex-banqueiro liberal. Desde sua diplomação, propôs reformas que não agradaram a população, como a trabalhista, que gerou protestos e levou cerca de quinhentas mil pessoas às ruas de todo o país. Apesar disso, e já com sua popularidade em queda, o presidente francês implementou a reforma com apoio do Parlamento, onde dispõe de maioria.

Agora o que causa insatisfação popular são os aumentos dos preços dos combustíveis, um motivo parecido com o que levou à greve dos caminhoneiros no Brasil em maio deste ano. Porém, se aqui os preços subiram devido, sobretudo, à nova política adotada pela Petrobras durante o governo de Michel Temer, na França o motivo são os impostos crescentes sobre os combustíveis fósseis que fazem parte de uma estratégia para desestimular a população a utilizar automóveis que poluem.

A partir de assembleias em redes sociais e da utilização maciça destas para combinar os protestos, os manifestantes foram às ruas com seus coletes amarelos, primeiramente no final de semana do dia 17 de novembro, do qual quase trezentas mil pessoas participaram. No último final de semana, do dia 24, houve mais protestos, em Paris principalmente. A mais recente pesquisa de popularidade de Macron, feita logo após os primeiros protestos, mostram sua pior marca: apenas 25% das pessoas o consideram um bom governante.

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