O recém divulgado PIB estadual de 2016 revelou que o desempenho dos setores agropecuário e industrial foram os principais responsáveis pela queda real de 3,3% do PIB nacional em relação a 2015.

O setor agropecuário, prejudicado também pelo excesso de chuvas que afetaram a produção de grãos no Sul do país, apresentou retração de 5,2%. Todas atividades do setor recuaram, principalmente a de agricultura, com queda de 7,7% no período.

O setor industrial obteve redução de 4,6% e também apresentou resultados negativos nas respectivas atividades. A exceção neste setor foi a atividade de Eletricidade e gás, água e esgoto, e de gestão de resíduos e descontaminação, que apresentou crescimento de 6,5%, devido ao aumento da geração de energia hidrelétrica em detrimento da termoelétrica.

O setor de serviços apresentou retração de volume menor, de 2,3%. Quase todos os setores recuaram entre 2015 e 2016 nos estados brasileiros. As exceções foram os serviços domésticos (+2,0%), atividades imobiliárias (+0,2%), educação e saúde privadas (+0,1%) e serviços da administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social (+0,3%).

O crescimento desta última atividade, inclusive, foi o que influenciou positivamente (com quase 50% do valor adicionado bruto) o resultado do PIB do estado de Roraima e do Distrito Federal, que foram as únicas unidades da federação brasileira a não apresentarem retração real do PIB neste período. Infelizmente, esta é uma atividade cujos resultados podem ser muito prejudicados com a provável implantação de novas políticas neoliberais de Estado Mínimo recém anunciadas pelo futuro governo federal.

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