Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ao longo da primeira quinzena de novembro indicam que todos os setores de atividade sofreram retração na passagem de agosto para setembro. A queda mais preocupante e mais acentuada foi a da produção industrial, que atingiu 1,8%, puxada pelas retrações nas produções de automóveis (-5,1%), de máquinas e equipamentos (-10,3%) e de bebidas (-9,6). Com isso, o setor industrial registra três quedas mensais consecutivas, levando a média móvel trimestral a uma queda de 0,9%.

No setor varejista o indicador mensal do IBGE mostrou um recuo de 1,3% – o pior resultado para o mês dos últimos dezoito anos – impactado pela contração de seis das oito atividades pesquisadas pela instituição. Apenas os segmentos de vestuário e calçados (+0,6%) e de móveis e eletrodomésticos (+2,0%) registraram aumento no volume de vendas. No comparativo com o mesmo mês do ano anterior, o volume de vendas do varejo brasileiro ficou praticamente estável (+0,1%), revelando a persistência do baixo apetite por consumir das famílias brasileiras depois de quatro anos de depressão econômica.

Já no setor de serviços, justamente aquele que responde por quase dois terços dos postos de trabalho no país, a queda do volume de atividade na passagem para o mês de setembro alcançou 0,3%, o que contribuiu para um resultado acumulado no ano que alcança -0,4%.
Com esses números, portanto, o terceiro trimestre do ano se encerra tão fraco quanto os anteriores, reforçando a tendência de estagnação que se mantém desde o fim da recessão em 2016 e que revelam o absoluto fracasso do experimentalismo neoliberal praticado entre 2015-2018.

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