Qual caminho será percorrido pela política agrária e rural brasileira nos próximos anos? Se depender do perfil da ministra escolhida por Jair Bolsonaro (PSL) podemos esperar o favorecimento do agronegócio e dos grandes proprietários de terra, com enfraquecimento da agricultura familiar de base orgânica. Conhecida como “musa do veneno”, a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) é líder da bancada ruralista no Congresso Nacional e conhecida por se contrapor aos direitos trabalhistas, aos pequenos produtores rurais e ao meio ambiente.

A deputada teve sua campanha eleitoral financiada por grandes empresas do agronegócio nacional e recebeu o equivalente a quatro milhões de reais em 2014. Em sua atuação no Congresso posicionou-se contra o direito dos trabalhadores ao votar pela Reforma Trabalhista e pela terceirização. Tereza Cristina se posicionou contra a educação e a saúde ao votar favorável a Emenda Constitucional nº 95, que estipulou um teto para os gastos públicos por vinte anos.

A futura ministra da agricultura manifestou posicionamento contrário ao meio ambiente e a alimentação saudável ao liderar a articulação para aprovação do Projeto de Lei 6.299/2002 em comissão especial da Câmara dos Deputados. Conhecido como “PL do Veneno”, o projeto que será submetido a votação do plenário busca flexibilizar as regras para o uso de agrotóxicos na agricultura brasileira. O PL defendido por Tereza beneficia o agronegócio de commodities ao deixar em segundo plano os agricultores familiares que produzem alimentos orgânicos e saudáveis.

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