De acordo com o relatório “Características adicionais do mercado de trabalho” da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o número de trabalhadores sindicalizados reduziu-se de 13,6 para 13,1 milhões de pessoas entre 2016 e 2017, uma redução de 3,2%. Foram exatamente 441 mil associados a menos no período. A taxa de sindicalização, que já foi de 16,2% em 2012 e 15,8% em 2015, caiu para 14,4% em 2017.

A categoria de emprego, que continuou sendo a menos sindicalizada em 2017, foi a dos empregados domésticos (com taxa de sindicalização de 3,1%), seguida dos empregados do setor privado sem carteira de trabalho assinada, com 5,1%, e dos trabalhadores por conta própria, com 8,6%. As categorias mais sindicalizadas foram os empregados do setor público (27,3%), os empregados do setor privado com carteira assinada (19,2%) e os empregadores (15,6%).

A região que apresenta a maior proporção de sindicalizados é a Sul. No entanto, esta também foi a que apresentou maior redução na taxa de sindicalização, que passou de 17,8% em 2016 para 16,1 em 2017. Ainda apresentaram redução desta taxa no período o Nordeste (de 15,7% para 15%), o Sudeste (14,3% para 13,9%) e o Norte (12,8% para 12,6%). O Centro-Oeste foi a única região onde a taxa de sindicalização ampliou-se, indo de 11,8% em 2016 para 13,2% em 2017.

Vale destacar que os impactos da reforma trabalhista, que entrou em vigor em novembro de 2017, determinando também o fim da obrigatoriedade do imposto sindical, deve agravar ainda mais a situação sindical. O enfraquecimento dos sindicatos, que possuem como principal função a defesa dos interesses e direitos dos profissionais de diferentes categorias, é mais um golpe que vem se consolidando contra os direitos dos trabalhadores.

`