Em defesa da democracia, fundações definem agenda
Com informações da Fundação Maurício Grabois
Com a vitória de Jair Bolsonaro para a Presidência da República, os representantes da Fundação Lauro Campos (PSOL), João Mangabeira (PSB), Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (PDT), Maurício Grabois (PCdoB), da Ordem Social (PROS) e Perseu Abramo (PT) discutiram o significado desse resultado. Houve convergência de que o governo de Bolsonaro é uma ameaça a democracia, às liberdade e aos direitos.
Segundo o presidente da Fundação Perseu Abramo, Marcio Pochmann, este encontro dá continuidade a uma série de ações das fundações, iniciadas no ano passado com o objetivo de contribuir coma formulação dos programas dos candidatos à Presidência da República e posteriormente estimular o debate das candidaturas ao Legislativo. “Avaliamos que é necessário prosseguir com o trabalho e a proposta agora é unificar esforços para entender o futuro governo, que tomará posse em janeiro, e ainda somar outras fundações partidárias que se identifiquem com a perspectiva de enfrentamento às ações impopulares que estão por vir”, afirmou.
Ficou aprovado para 10 de dezembro, na sede da Fundação Maurício Grabois, que haverá nova reunião dessas entidades para examinar projetos comuns de atuação para o ano de 2019. Ficou indicado para a segunda quinzena de janeiro de 2019 a realização de uma oficina para aprofundar a análise do significado do novo governo e traçar caminhos mais eficazes para empreender a oposição ao novo governo.
O grupo conversou, também, sobre a construção de uma frente de enfrentamento às reformas e medidas impopulares no Congresso Nacional, por meio dos parlamentares eleitos de cada partido, tendo como prioridade a Reforma da Previdência, que, ao que tudo indica, pode entrar em pauta ainda esse ano, senão no início do próximo governo. A ideia é criar uma agenda parlamentar em defesa dos direitos, da democracia e da liberdade.
O presidente da Fundação Maurício Grabois, Renato Rabelo, enalteceu o trabalho do conjunto das fundações no período pré-eleitoral, quando foram lançados dois manifestos com um conjunto de propostas progressistas para contribuir com a unidade do campo democrático, tais como a formação de uma frente parlamentar democrática.
Renato disse ainda que se instaurou uma nova situação política no país, “adversa e perigosa”, em virtude do conteúdo autoritário do governo eleito. Mais do que nunca, ele considera importante o trabalho das fundações para subsidiar seus respectivos partidos e a frente democrática na nova fase.
O grupo decidiu, ainda, que cada fundação partidária deve elaborar um documento de análise de conjuntura para ser discutido na próxima reunião das fundações, ainda em dezembro deste ano.