Get me Roger Stone (Chamem Roger Stone) é um documentário da Netflix produzido em 2017 que ajuda a entender as origens do uso de notícias falsas pelo marketing político, estratégia que foi fundamental na eleição de Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos e vem sendo amplamente empregada pelo candidato Jair Bolsonaro na atual disputa presidencial aqui no Brasil.

Famoso no cenário político estadunidense desde a eleição de Richard Nixon, em 1972, o personagem principal deste documentário foi um dos principais apoiadores de Trump e, desde os anos 1980, vinha tentando convencê-lo a disputar a Presidência. Ele tem o rosto de Nixon tatuado nas costas.

O filme é baseado em conversas dos diretores Dylan Bank, Daniel DiMauro e Morgan Pehme com o próprio Stone, que fala sem pudor sobre o jogo sujo que se habituou a utilizar desde a infância. Aos oito anos de idade, durante uma votação fictícia realizada na escola às vésperas da eleição presidencial de 1960, ele inventou e contou no refeitório uma mentira: que Nixon propunha que os alunos tivessem aulas aos sábados, o que possibilitou a vitória ampla de seu adversário John F. Kennedy. Esse foi o embuste de estreia de um dos mais enganadores e bem-sucedidos manipuladores políticos da história mundial, que trabalhou para quase todos os presidentes republicanos nos últimos quarenta anos.

”Não é apenas um cara decidido, mas também maquiavélico, quase louco, o homem que aparece em cada momento-chave da história americana recente”, disse o advogado e analista jurídico Jeffrey Toobin aos cineastas que assinam a produção.

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