Entre os concluintes de cursos presenciais, 33,2% são os primeiros a ter um diploma de educação superior. É o que mostram dados recém divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao Ministério da Educação.

Ainda, entre os estudantes concluintes em 2017, 51,7% se declararam brancos, 9,4% pretos, 2,4% amarelos, 33,2% pardos, 0,4% indígenas e 2,8% não quiseram declarar. Quanto ao sexo, 55% são do sexo feminino, mas alcança 77,3% entre os concluintes de cursos na modalidade Educação a Distância (EaD). E 51,6% dos concluintes em 2017, segundo a pesquisa, provém de famílias com renda de até três salários mínimos e 72,1% de famílias com renda de até 4,5 salários mínimos.

A publicação ainda indica que a concentração de estudantes de famílias com renda até três salários mínimos é maior entre os concluintes de cursos em modalidade EaD. Também entre os concluintes EaD, 14,9% afirmaram ser o principal responsável pelo sustento da família, porcentagem que cai para 7,7% entre os concluintes de cursos presenciais. E 21,7% dos concluintes afirmaram ter entrado na Educação Superior através de ações afirmativas. Finalmente, 22,5% do total dos pesquisados receberam financiamento do ProUni e/ou Fies (14,3% somente Fies, 6,2% ProUni integral, 1,2% ProUni parcial e apenas 0,7% ProUni parcial e Fies). Outros 7% declararam receber bolsa da própria instituição e 14,3% financiamento bancário, enquanto 33,3% declararam que seus cursos foram gratuitos e 30,5% declararam ter frequentado curso pago mas não receber financiamento ou bolsa de estudo.

Os números mostram o sucesso da política de cotas, ProUni, Reuni, entre outras políticas públicas criadas e aprofundadas durante os governos do PT para democratizar o acesso à educação superior e fomentar a mobilidade social, rompendo os laços entre background familiar e acesso à educação superior. São avanços inegáveis que estão moldando as aspirações das novas gerações e tornando a educação superior menos elitista.