A edição de setembro do Boletim de Análise da Conjuntura   dedica-se aos principais temas que dominaram o cenário internacional e nacional no período recente. Em Golpe contra o Estado a análise mostra que o programa privatista impulsionado pelo governo golpista e por  candidatos presidenciais da direita vão na contramão do que vem sendo realizado em países importantes. Recuperar o papel do Estado para o desenvolvimento econômico com bem-estar social é fundamental. Esse papel está em forte disputa no atual processo eleitoral.

Na seção Internacional se abordam três temas: análise das propostas de política externa dos cinco candidatos à Presidência do Brasil melhor situados nas pesquisas, as perspectivas de composição do novo governo sueco e a realização da terceira cúpula de chefes de Estado das duas Coreias.

Política e Opinião Pública aborda a evolução nas intenções de voto para as eleições presidenciais, a partir da oficialização da candidatura de Fernando Haddad, desde o dia 11 de setembro, após a impugnação da candidatura de Lula. Poucos dias antes, uma facada contra o candidato Jair Bolsonaro, até então vice-líder nas pesquisas, tumultuou o cenário eleitoral. A sessão analisa os segmentos que mais se destacam na transferência de votos de Lula para a candidatura de Haddad e os que mais a rejeitam e como se desenham os cenários para segundo turno após esses acontecimentos.

Um quadro sobre o funcionamento recente do mercado de trabalho no Brasil é apresentado na seção Social do Boletim. Todos os dados relativos a trabalho, pobreza e desenvolvimento humano mostram que, nos anos recentes, o Brasil apresenta uma piora nos índices sociais, sem ainda conseguir se recuperar satisfatoriamente.

A parte de Economia mostra que o fraco desempenho das atividades econômicas do Brasil ao longo deste ano levou o país ao último lugar no ranque de crescimento econômico entre as vinte maiores economias do mundo. Com um governo moribundo e enredado na mania do ajuste fiscal, nenhum componente da demanda consegue mostrar vitalidade e não por acaso as projeções de 2018 se aproximam melancolicamente a 1% de crescimento do PIB, tal qual ocorreu em 2017.

Na seção Territorial se faz um detalhado estudo sobre as mortes violentas provocadas pela ação policial no país. As mortes decorrentes de intervenção policial aumentaram em 55% nos últimos dois anos, chegando a 5.159 pessoas em 2017. O que mostram as estatísticas é que essa exacerbada truculência no combate à criminalidade tem demonstrado não só sua ineficácia, mas também colaborado para o agravamento da violência como um todo na sociedade.

A área de Comunicação traz uma análise do comportamento editorial e dos articulistas da mídia tradicional após a apresentação de Fernando Haddad como candidato do PT e de sua rápida ascensão nas
pesquisas de intenção de voto. Na parte internacional, o tema em questão é a grande polarização existente no Brasil, considerada preocupante pelos principais jornais estrangeiros.

Na seção de Movimentos Sociais se destaca o crescimento de uma mobilização cidadã contra o fascismo e o discurso de ódio e intolerância. À medida que se aproximam as eleições, ganha força a capacidade da militância democrática e popular de se mobilizar nas redes e nas ruas. E o movimento sindical passa por mais um duro teste depois da retirada de direitos trabalhistas e sindicais realizada pela reforma
aprovada pelo Congresso.

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