O Instituto Ibope mediu, na pesquisa divulgada segunda-feira, a preferência partidária dos brasileiros. Segundo a pesquisa, 27% dos entrevistados declaram preferir ou ter simpatia pelo Partido dos Trabalhadores, cinco vezes mais que o PSL e o PSDB, que empatam em segundo lugar.

O Ibope também mensurou a rejeição aos partidos políticos ao perguntar em qual partido o entrevistado não votaria de jeito nenhum. O PT foi mencionado por 30%, seguido do PSDB (8%) e o MDB (4%). Os dados segmentados apontam de forma evidente o critério de renda como decisivo para a composição do petismo e do antipetismo. Entre os que ganham menos de um salário mínimo, são 15% os que dizem rejeitar o PT, número que é de 48% entre os que tem renda familiar mensal de mais de cinco salários mínimos. Em relação à preferência, 37% dos entrevistados que ganham menos de um salário mínimo dizem preferir o PT, número que cai para 17% entre os mais ricos.

Esses dados nos permitem mensurar o antipetismo na sociedade, e compará-lo com a rejeição a Bolsonaro. O Ibope mensurou que a rejeição à candidatura de Bolsonaro é de 46%, número que sobe para 57% entre os que ganham menos de um salário mínimo e 60% entre os que moram na região Nordeste. A pesquisa demonstra que o antipetismo é menor do que o antibolsonarismo na sociedade brasileira, e que ambos os fenômenos seguem reproduzindo o antagonismo entre os mais pobres e os mais ricos.

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