Pouco mais de 60% dos deputados federais eleitos para o período 2015-2018 tiveram desempenho parlamentar desfavorável à agenda socioambiental. Esses deputados votaram ou criaram projetos de lei que possuem consequências negativas para o meio ambiente, povos indígenas e trabalhadores rurais.

Para chegar a esse resultado a ferramenta jornalística Ruralômetro do site Repórter Brasil submeteu catorze votações nominais e 131 projetos de lei sobre o tema para avaliação de oito instituições da área socioambiental. As organizações participantes foram o Instituto Socioambiental, a Comissão Pastoral da Terra, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura e dos Trabalhadores Assalariados Rurais, o Conselho Indigenista Missionário, a Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional, o Greenpeace e a Fundação Abrinq.

Entre os partidos políticos que compõem o Congresso Nacional quatro têm 100% dos seus deputados pior avaliados: MDB, PEN, PHS e PSL. Eles são seguidos por PSD e DEM, com 94% e 89% com avaliação desfavorável a agenda socioambiental, respectivamente. O PSDB tem 75% dos seus deputados federais nessa situação.

O PT, Psol e PCdoB tiveram todos os seus deputados avaliados com comportamento saudável ao meio ambiente, aos indígenas e trabalhadores do campo.
De forma complementar, os resultados mostraram que dos 323 deputados que tiveram comportamento legislativo desfavorável à agenda socioambiental, 49% são da Frente Parlamentar Agropecuária, com destaque para o deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), o pior avaliado pela ferramenta.

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