O candidato petista Fernando Haddad chega a 22% de intenções de voto e garante sua presença no segundo turno, segundo a última pesquisa Ibope, realizada entre os dias 22 e 23 de setembro e divulgada na segunda-feira. O candidato do PSL, Jair Bolsonaro se mantém estável, na liderança com 28% das intenções de voto e parece estar alcançando seu teto.

Na pesquisa, que ouviu 2.506 pessoas, Haddad é o único candidato que, ainda que na margem de erro, cresceu três pontos desde a última pesquisa do mesmo instituto, realizada entre 16 e 18 de setembro, quando tinha 19%. Desde que lançou sua candidatura, em 11 de setembro, Haddad cresceu catorze pontos, segundo o Ibope, o que equivale a mais de um ponto por dia.

Ciro, do PDT, assim como Bolsonaro, permaneceu estável, com 11%. Geraldo Alckmin (PSDB), oscilou um ponto positivamente, passando de 7% para 8% e está empatado com Marina Silva (Rede), que oscilou um ponto negativo, passando de 6% para 5%. João Amoedo (Novo) chegou a 3%, ultrapassando na margem de erro Henrique Meirelles (MDB) e Álvaro Dias (Podemos) que mantiveram os 2% da sondagem anterior. Segundo o Ibope, os votos brancos ou nulos, antes 14%, agora chegam a 12% e 6% ainda não sabem em que votarão.

Se havia dúvidas de que Haddad poderia vencer Bolsonaro no segundo turno, em uma explícita disputa entre o antipetismo contra o antifascismo, a pesquisa Ibope mostrou que mais uma vez a esperança vai vencer o medo por 43% a 37%, dissipando o empate detectado na pesquisa anterior, em que ambos tinham 40%.
Qualquer candidato venceria Bolsonaro em eventual disputa no segundo turno. Ciro por 46% a 35%; Alckmin por 41% a 36% e a exceção fica com Marina Silva, com quem empataria, ambos com 39%.

Bolsonaro segue como o candidato mais rejeitado, hoje por 46% do eleitorado, quatro pontos percentuais maior que a detectada na rodada anterior (42%). Fernando Haddad é rejeitado por 30% do eleitorado. A rejeição de Marina é de 25%, Alckmin mantém 20% de eleitores que o rejeitam enquanto Ciro tem rejeição de 18%.

Com pouco mais de dez dias para as eleições, mantida a tendência de crescimento de Haddad e estabilidade de Bolsonaro com aumento de sua taxa de rejeição, se não houver nenhum fato novo, tudo indica que o petista chegará ao segundo turno na liderança.

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