No dia 14 de setembro o Brasil foi denunciado na Organização das Nações Unidas (ONU) por risco de genocídio dos povos indígenas. A denúncia foi feita pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI) durante reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.

A centralidade da denúncia aborda os riscos da população Guarani-Kaiowá frente à violência, especialmente em Dourados, no Mato Grosso do Sul (MS). De acordo com o Cimi, a taxa de homicídio Guarani-Kaiowá em Dourados é de 88 para cada cem mil pessoas, quase o triplo da taxa média do Brasil.

O Conselho Indigenista Missionário apresentou a denúncia de violação de direitos dos povos indígenas baseada em sete fatores e dezesseis indicadores estabelecidos pela ONU para designar um genocídio. Para se ter uma ideia da relevância do tema, nota-se uma redução da população indígena brasileira de 4% para 0,4% no período entre os censos 1872 e 2010. Segundo a organização, o discurso de ódio político no país, um fator de genocídio, contribuiu para um conjunto de ataques violentos contra os povos indígenas.

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