Forte queda no setor de serviços é péssima para o mercado de trabalho
Na passagem do mês de junho para julho o volume das atividades do setor de serviços recuou 2,2%, puxado especialmente pela forte contração das atividades de transportes (-4%) e dos serviços de informação e comunicação (-2,2%). Também no comparativo com o mesmo mês do ano anterior, registrou-se queda de 0,3%.
Com isso, no acumulado dos sete primeiros meses de 2018 os dados do IBGE (PMS) apontam uma continuidade do encolhimento do setor (-0,8%), o qual segue em trajetória cadente por mais de quatro anos – em julho de 2018 o setor de serviços ainda estava cerca de treze pontos percentuais abaixo do seu pico histórico registrado em janeiro de 2014.
Como se trata justamente do setor de atividade que responde por 2/3 dos empregos brasileiros, esse quadro de contração é um péssimo indicativo a respeito da aguardada recuperação do nosso mercado de trabalho. A persistir essa tendência – e nada no horizonte de curto prazo aponta algum fator capaz de revertê-la – é de se esperar que a retomada do emprego só venha ocorrer com o abandono das políticas econômicas ortodoxas a partir de um novo governo de esquerda que assuma a Presidência em janeiro de 2019.
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