Com o apoio de Lula, Haddad deve ir para o segundo turno
O Vox-Populi divulgou hoje sua nova pesquisa de intenção de voto para a presidência da República e mostra que, com o apoio de Lula, que liderava as pesquisas mas foi impedido de disputar, Fernando Haddad assume a liderança com 22% das intenções de voto. Ele está quatro pontos acima de Jair Bolsonaro (PSL), que aparece na segunda posição, com 18%. Já Ciro Gomes (PDT) fica na terceira, com 10% das intenções de voto, Marina Silva (Rede) obtém 5% e Geraldo Alkmin (PSDB) 4%.
A nova pesquisa do Vox-Populi confirma a tendência de queda de Marina Silva, detectada nas pesquisas Datafolha e Ibope, divulgadas no início da semana. Na pesquisa Vox, Marina perde seis pontos em relação à anterior (11% em julho, 5% em setembro) e Alckmin, que parecia estagnado nas pesquisas Datafolha e Ibope, também apresenta oscilação negativa, de 7% para 4%.
Comparando as três pesquisas, o empate técnico entre os quatro candidatos se dissipa. Marina e Alckmin já estariam fora do páreo na disputa pela segunda vaga no segundo turno, e Haddad, com o apoio de Lula, tem reais possibilidades de vir a enfrentar Bolsonaro.
A intenção de associar diretamente Lula a Haddad na formulação da pergunta de intenção de voto da Pesquisa Vox foi uma decisão do instituto, que ouviu dois mil eleitores entre os dias 7 e 11 de setembro, a fim de buscar um resultado mais próximo do real ao não omitir do eleitor uma informação de máxima relevância, como o apoio de Lula, o que influencia cerca de 40% do eleitorado que afirma a certeza ou possibilidade de votar em um nome apoiado por Lula.
Além disso, Haddad está, junto com Ciro Gomes, entre os candidatos que têm as menores taxas de rejeição, (38% e 34%, respectivamente). Segundo o Vox, atualmente pouco mais da metade dos entrevistados (53%) reconhece Haddad como o candidato do ex-presidente, anunciado como substituto do ex-presidente na última terça-feira (11-09). Haddad é também o candidato menos conhecido entre os que disputam a presidência, desconhecido por 42% dos entrevistados.